2.5.07
Indielisboa 2007
Este ano não tive disponibilidade para acompanhar o Indielisboa como em 2006. Talvez por isso, apesar da maior afluência de público, pareceu-me que a escolha de filmes deste ano foi menos interessante. Ainda assim, a organização, competente, continua de parabéns, com o festival a ganhar o seu espaço e os seus fiéis. Os meus destaques deste ano, com as sinopses fornecidas pelo site oficial do Indie:

Old Joy, de Kelly Reichardt - «Pouco convencional e contando com o cantor Will Oldham como o improvável actor principal, OLD JOY retrata a inevitável crise existencial que ocorre na passagem para uma vida adulta mais amadurecida. Como um observador externo dos protagonistas, o filme transporta-nos para nuances psicológicas um pouco ao estilo de “Lost in Translation” ou “Before Sunrise” e “Before Sunset”, mas com o cunho muito próprio de Kelly Reichardt.
A realizadora impregna cada imagem do filme com uma atmosfera melancólica, complementada com o excelente desempenho dos actores e uma grande dose de realismo e substância. A banda sonora dos Yo La Tengo é estonteante e dá ao filme um simpático suporte, ressaltando ainda mais a subtil abordagem à intimidade masculina, à insatisfação ideológica. Tal como acontece com as personagens, o que perdura na memória do espectador são todas as coisas que não chegam a ser ditas.»

The Pervert's Guide To Cinema, de Slavoj Zizek e Sophie Fiennes - «O que pode a psicanálise dizer-nos sobre o cinema? Esta é a pergunta a que THE PERVERT´S GUIDE TO CINEMA se propõe responder. O filme conduz o espectador através de uma estimulante viagem por alguns dos maiores filmes de sempre. O guia e apresentador é Slavoj Zizek, o carismático filósofo e psicanalista esloveno. Na sua apaixonada abordagem ao pensamento, vasculha a linguagem escondida do cinema, revelando o que os filmes podem dizer-nos sobre nós próprios. Seja destrinçando os enigmáticos filmes de David Lynch, ou deitando por terra tudo o que se pensava saber sobre Hitchcock. O filme estrutura-se a partir do próprio mundo dos filmes que discute; filmado em ambientes originais ou em réplicas dos cenários, cria-se a ilusão que Zizek fala a partir do interior dos próprios filmes. “The Birds” e “Psycho”, de Hitchcock são abordados por Zizek, considerando que aquele realizador é, provavelmente, o mais freudiano de todos. Prestem atenção à comparação que Zizek faz entre os três andares da assustadora mansão de Norman Bates (“Psycho”) e o conceito freudiano de Id, Ego e Superego. O psicanalista esloveno expõe os seus argumentos de forma tão natural e convincente e ao mesmo tempo tão rápida, que a nossa mente começa a girar vertiginosamente. Uma viagem imperdível.»

The US vs, John Lennon, de David Leaf e John Scheinfeld -«É fã dos Beatles? Então não perca THE U.S. VS. JOHN LENNON. Não é fã? Veja na mesma, pois vai gostar de conhecer o homem que ousou desafiar o sistema! David Leaf e John Scheinfeld mostram-nos de forma notável a evolução de John "Give Peace a Chance" Lennon, na sua luta activa pela paz e os ódios e opressões que essa postura lhe trouxe. Especialmente focado no período pós-Beatles e numa época da sua vida (finais dos anos 60, início dos anos 70) em que o músico se transformou num activista contra a guerra, o que lhe valeu uma campanha de Nixon com vista à sua deportação, em 1972. Um extraordinário trabalho de investigação, o documentário exibe depoimentos de várias personalidades próximas do músico, imagens inéditas e uma entrevista com Yoko Ono.»
Old Joy, de Kelly Reichardt - «Pouco convencional e contando com o cantor Will Oldham como o improvável actor principal, OLD JOY retrata a inevitável crise existencial que ocorre na passagem para uma vida adulta mais amadurecida. Como um observador externo dos protagonistas, o filme transporta-nos para nuances psicológicas um pouco ao estilo de “Lost in Translation” ou “Before Sunrise” e “Before Sunset”, mas com o cunho muito próprio de Kelly Reichardt.
A realizadora impregna cada imagem do filme com uma atmosfera melancólica, complementada com o excelente desempenho dos actores e uma grande dose de realismo e substância. A banda sonora dos Yo La Tengo é estonteante e dá ao filme um simpático suporte, ressaltando ainda mais a subtil abordagem à intimidade masculina, à insatisfação ideológica. Tal como acontece com as personagens, o que perdura na memória do espectador são todas as coisas que não chegam a ser ditas.»
The Pervert's Guide To Cinema, de Slavoj Zizek e Sophie Fiennes - «O que pode a psicanálise dizer-nos sobre o cinema? Esta é a pergunta a que THE PERVERT´S GUIDE TO CINEMA se propõe responder. O filme conduz o espectador através de uma estimulante viagem por alguns dos maiores filmes de sempre. O guia e apresentador é Slavoj Zizek, o carismático filósofo e psicanalista esloveno. Na sua apaixonada abordagem ao pensamento, vasculha a linguagem escondida do cinema, revelando o que os filmes podem dizer-nos sobre nós próprios. Seja destrinçando os enigmáticos filmes de David Lynch, ou deitando por terra tudo o que se pensava saber sobre Hitchcock. O filme estrutura-se a partir do próprio mundo dos filmes que discute; filmado em ambientes originais ou em réplicas dos cenários, cria-se a ilusão que Zizek fala a partir do interior dos próprios filmes. “The Birds” e “Psycho”, de Hitchcock são abordados por Zizek, considerando que aquele realizador é, provavelmente, o mais freudiano de todos. Prestem atenção à comparação que Zizek faz entre os três andares da assustadora mansão de Norman Bates (“Psycho”) e o conceito freudiano de Id, Ego e Superego. O psicanalista esloveno expõe os seus argumentos de forma tão natural e convincente e ao mesmo tempo tão rápida, que a nossa mente começa a girar vertiginosamente. Uma viagem imperdível.»
The US vs, John Lennon, de David Leaf e John Scheinfeld -«É fã dos Beatles? Então não perca THE U.S. VS. JOHN LENNON. Não é fã? Veja na mesma, pois vai gostar de conhecer o homem que ousou desafiar o sistema! David Leaf e John Scheinfeld mostram-nos de forma notável a evolução de John "Give Peace a Chance" Lennon, na sua luta activa pela paz e os ódios e opressões que essa postura lhe trouxe. Especialmente focado no período pós-Beatles e numa época da sua vida (finais dos anos 60, início dos anos 70) em que o músico se transformou num activista contra a guerra, o que lhe valeu uma campanha de Nixon com vista à sua deportação, em 1972. Um extraordinário trabalho de investigação, o documentário exibe depoimentos de várias personalidades próximas do músico, imagens inéditas e uma entrevista com Yoko Ono.»