15.11.06
"antologia da novíssima poesia norte-americana"
Domingo no mundo. Sei que é domingo pois acordo mais tarde, sem despertador, em silêncio. A rua onde moro, nos outros dias tão atulhada de buzinões e vozes ansiosas, como que hibernou e já passa das duas quando salto da cama. É domingo e não tenho compromissos: horários a cumprir, entrevistas marcadas, documentos para estudar, trabalhos a entregar sem falta, responsabilidades. Posso simplesmente ler devagar a "Antologia da Novíssima Poesia Norte-Americana" que, desde há uns meses, ganha pó na mesinha de cabeceira. Posso lê-la sabendo de que não me servirá de nada amanhã de manhã. E é simplesmente isso que faço, numa esplanada quase deserta com vista para o rio, cheio de inutilidade e feliz.
(22/09/02)
(22/09/02)