10.8.05
contrato com o diabo
Os sinos são meramente ornamentais, desprovidos de badalo
Estou como todos aqui, sem deus nem mestre
não creio no canto magnético do muezzin
às vezes, penso que gostava...
mas a vida árabe, solar
que tanto desejava
a sabedoria despojada
o tempo lento, o espaço amplo
nunca foram deste mundo lisboeta
onde embrutecemos por necessidade
escolha
e contrato
Um dia, perdido no turbilhão do Cairo ou em Marraquexe
hei-de-me esquecer de nós
fumarei sheesha num café decadente do souk
e, embalado pelo som terno do alaúde
pensarei como é doce regressar a deus
(2003/2004)
Os sinos são meramente ornamentais, desprovidos de badalo
Estou como todos aqui, sem deus nem mestre
não creio no canto magnético do muezzin
às vezes, penso que gostava...
mas a vida árabe, solar
que tanto desejava
a sabedoria despojada
o tempo lento, o espaço amplo
nunca foram deste mundo lisboeta
onde embrutecemos por necessidade
escolha
e contrato
Um dia, perdido no turbilhão do Cairo ou em Marraquexe
hei-de-me esquecer de nós
fumarei sheesha num café decadente do souk
e, embalado pelo som terno do alaúde
pensarei como é doce regressar a deus
(2003/2004)